Mapa com Pontos de Interesse sócio-culturais da freguesia
https://www.google.com/maps/d/u/1/edit?mid=1uI9dQZgdmz38rjyGTsPiOTjk9vmfRNQ&usp=sharing

Ermida do Senhor Jesus dos Terramotos
Situada na Rua do Arco do Carvalhão.

Convento do Senhor Jesus da Boa Morte
Situada na Rua do Patrocínio.


Oficinas São José
As Oficinas de São José localizam-se no Alto dos Prazeres, junto ao cemitério do mesmo nome, entre a Rua Saraiva de Carvalho e a Escola Josefa de Óbidos.


Cinema Europa
O Cinema Europa foi um dos edifícios emblemáticos do bairro de Campo de Ourique. Inaugurado na década de 1930 do século XX, foi projetado pelo arquiteto Raul Martins. Em 1958 foi alterado segundo um projecto do arquiteto Antero Ferreira e a sua fachada incluía uma escultura em alto-relevo de autoria do escultor Euclides Vaz. Funcionou como sala de cinema até 1981 e foi demolido em 2010. Graças ao movimento cívico SOS Cinema Europa, que juntou pessoas não só do bairro como de toda a cidade de Lisboa, foi possível preservar o alto-relevo de Euclides Vaz e também, por acordo com o construtor do edifício que nasceu naquele lugar, foi adquirida pela Câmara Municipal de Lisboa toda a área do rés-do-chão para aí instalar um centro cultural.


Mercado Municipal de Campo de Ourique
Construído em 1934 para servir a população do bairro, o bonito edifício do Mercado sofreu alterações posteriores, que o adaptaram às necessidades de quem ali trabalha e de quem ali vai às compras. A última, terminada em 2013, tornou o Mercado de Campo de Ourique completamente diferente de todos os outros que existem na cidade, com uma zona de tasquinhas que foi um sucesso desde o primeiro dia e transformou aquele espaço num dos pontos de encontro gourmet da cidade de Lisboa.


Viaduto Duarte Pacheco
Concluído em 1944, para acesso ao reflorestado Parque de Monsanto e nova saída de Lisboa em direcção à linha do Estoril com um desenvolvimento total de 505m tendo o arco central um vão de 91.97m.


Monumento a Maria da Fonte
Da autoria de António Augusto da Costa Motta (tio), a estátua foi inaugurada a 15 de setembro de 1920 para comemorar os 100 anos da proclamação do regime liberal. Em mármore branco, a estátua, cheia de movimento, representa a jovem Maria que liderou a revolta das mulheres minhotas em 1846. Está colocada no jardim Teófilo Braga, (Jardim da Parada) porque foi aí que, em 1803, tiveram lugar os motins que culminaram no estabelecimento do regime liberal em Portugal.


Riba Fóssil
O afloramento de calcário com briozoários fósseis da Rua Sampaio Bruno, em Campo de Ourique, representa um destes testemunhos do passado geológico da região onde, mais de 20 milhões de anos depois, surgiu a cidade de Lisboa. A jazida corresponde a uma bancada lenticular de calcário argiloso muito fossilífero, rica em briozoários, sobreposta a uma camada argilosa explorada, no passado, como barreiro da antiga Cerâmica Lisbonense. Atribuída ao Aquitaniano superior, isto é, a um nível estratigráfico ligeiramente mais antigo (24 a 22 milhões de anos). As concreções calcárias que nela se destacam são restos de briozoários dispostos em capas muito finas e concêntricas que, em vida, representavam colónias que se iam desenvolvendo, sobrepondo-se umas às outras. Tais concreções, uma vez sujeitas à agitação marinha, movimentavam-se por rolamento no fundo, num vaivém de remobilização e redeposição, à semelhança dos calhaus e areias litorais, e daí o carácter de estratificação entrecruzada patente no afloramento. Em termos absolutos, a idade desta jazida oscila entre 21 e 23 milhões de anos.


Igreja do Santo Condestável
A Igreja matriz foi projectada por Vasco Regaleira, arquitecto oficial das “novas igrejas”, com referências às esculturas de Leopoldo de Almeida e Soares Branco, um fresco de Severo Portela e, principalmente, os dois vitrais que Almada Negreiros concebeu para as grandes janelas ogivais sobre os altares laterais.


Igreja de Santa Isabel
A Igreja Paroquial de Santa isabel foi construída no século XVIII, para responder ao aumento de população naquela zona da cidade. A Freguesia foi criada a 14 de maio 1741 por D. Tomás de Almeida, bispo Trinitário e Cardeal-Patriarca de Lisboa. E a sede da paróquia era a ermida de Santo Ambrósio que, em 1755, apesar do terramoto, sofreu muito poucos danos. Mas começou a ser cada vez mais pequena para albergar todos os fiéis que passaram a viver para este lado da cidade e, além disso, era pequena e simples, nada ao estilo de D. João V, que queria templos grandiosos, com altares em ouro, paredes de azulejo e obras de arte imponentes. Por isso, a ermida foi demolida e a 4 de julho de 1742 iniciaram-se as obras da Igreja de Santa Isabel. A data em que a igreja ficou pronta não é certa, o que se sabe é que 16 anos depois de lançada a primeira pedra, havia apenas as paredes exteriores. D. João V queria grandes obras, mas o dinheiro para as pagar era escasso e Santa Isabel foi uma das vítimas dessa falta de cabedais. Os grandes patrocinadores da construção acabaram por ser João Francisco da Cruz, Morgado de Alagoa, que contribuiu com 1574 marcos de prata, e o próprio Cardeal-Patriarca, D. Tomás de Almeida, de quem diz a tradição popular que teve de vender a baixela de prata para pagar a construção do templo, embora tal coisa seja pouco credível porque o bispo Trinitário viveu sempre em grande luxo e os seus passeios pelas ruas de Lisboa faziam-se com tal fausto que eram um verdadeiro acontecimento.


Prédio de “A Tentadora”
O edifício situado no gaveto da Rua Saraiva de Carvalho com a Rua Ferreira Borges, em Campo de Ourique, foi o primeiro prédio de rendimento desenhado, em Lisboa, por Ernesto Korrodi. Propriedade de João Leal e irmãos, o conhecido edifício da Pastelaria “A Tentadora” foi concebido em 1912, integrando-se na nova tendência que então se fazia sentir em Lisboa, onde as mais recentes casas de habitação procuravam adaptar-se à vida moderna. Das três fachadas, destaca-se a de gaveto, sobre a qual se projecta uma bow-window de cantaria, com um painel de azulejos Arte Nova entre as janelas do primeiro e segundo piso. A composição de cantaria engloba as janelas que ladeiam a porta principal, em aparelho rusticado, e prolonga-se até ao corpo que se eleva já sobre a linha do telhado. Todos os vãos são decorados por elementos florais, que realçam as formas estruturais geométricas, integrando-se no desenho de conjunto. O mesmo acontece relativamente às fachadas laterais, com janelas e portas de molduras profusamente decoradas, tal como as mísulas que suportam a cimalha. Apesar da depuração, este é uma dos prédios de Korrodi que apresenta maior ornamentação, regendo-se, esta, pela linguagem Arte Nova, naturalista e de linhas curvas, cuja influência se propaga até ao próprio desenho dos vãos, parte dos quais de traçado mais orgânico. A qualidade da escultura e a sua integração no todo arquitectónico constituem uma das mais importantes marcas de Korrodi que, neste prédio, atinge uma expressão maior. O painel de azulejos já referido é um bom exemplo da utilização desta nova manifestação artística, tal como um dos painéis envolto por uma moldura claramente Arte Nova, que se encontra junto à entrada para a pastelaria. O mesmo acontece nos gradeamentos das janelas, de ferro forjado, suporte que, aliás, expressou de forma particular, o gosto Arte Nova no nosso país.


Casa-Museu Amália Rodrigues
A casa amarela que fica no nº 193 na Rua de São Bento, em Lisboa, é uma casa carregada de história. Foi lá que Amália Rodrigues viveu meio século. As memórias que guarda fazem agora parte do imaginário colectivo. Os grandes ramos de flores que ofereciam à fadista continuam a chegar. E, não obstante as pequenas remodelações efectuadas pela Fundação Amália, “quase tudo está como a dona da casa deixou”, diz Madalena Braz Teixeira, directora do Museu do Traje, a quem coube a tarefa de orientar a transformação da casa em museu. A Casa-Museu permite ao visitante reviver o ambiente em que Amália vivia e como viva. A sala de estar permite percepcionar os longos serões entre amigos, envoltos em Fado, muito Fado.


Casa Fernando Pessoa
Salas de exposições, visionamentos, conferências, colóquios e gabinetes de estudos Pessoanos. Um auditório, uma biblioteca de poesia e um jardim (a ser remodelado), a Casa oferece aos seus visitantes várias conferências, para além de visitas guiadas a escolas. Com o espólio de Fernando Pessoa, a sua biblioteca pessoal e os objectos que pertenceram ao poeta, a Casa ganha um valor inestimável. O quarto de Fernando Pessoa é reinventado, temporariamente, por diferentes artistas plásticos. O sótão do edifício é o «Sonhatório», um espaço multimédia que nos permite conhecer melhor o poeta e a sua obra. A Casa Fernando Pessoa faz parte dos equipamentos culturais da EGEAC. Situa-se na Rua Coelho da Rocha, 16-18.


Casa Veva de Lima
A Casa Veva de Lima ou Palácio Ulrich, é assim chamada porque nela viveu Genoveva da Lima Mayer casada com Rui Ulrich. A casa tem cinco pisos, com cave, sótão, jardim, garagem e anexos, destacando-se a interessante entrada nobre do palácio, a escadaria de decoração neoclássica, a imitação das pedras decorativas e o empedrado do átrio com as suas pilastras coríntias. Foi nesta casa que Genoveva Ulrich, mais conhecida por Veva de Lima, instituiu um salão literário, onde amigos e artistas conviveram num espaço de verdadeiras tertúlias. A esta senhora se deveu a iniciativa da venda da flor a favor das vítimas da Primeira Grande Guerra (1914-1918), onde e sobretudo na zona da baixa lisboeta, senhoras elegantes vendiam e colocavam flores artificiais na lapela dos casacos de senhores. Atualmente, e seguindo o espírito de tertúlia que Veva de Lima tanto cultivou, a casa é palco de conferências e debates. Situa-se na Rua Silva Carvalho, 240.


Cooperativa “A Padaria do Povo”
Bento de Jesus Caraça, talentoso matemático e professor universitário, desde muito cedo que se entregou ao ensino – com apenas 18 anos fez parte do conselho administrativo da Universidade Popular Portuguesa, instalada na Padaria do Povo, no bairro de Campo de Ourique (à Luis Derouet). Não muito longe, na transversal Rua Coelho da Rocha, o poeta Fernando Pessoa, encostado a uma cómoda, escrevera sobre Caraça: “Ele era um camponês/Que andava preso em liberdade pela cidade”. Nascida no princípio do século XX, em 1904, por proposta do Rei D. Carlos – os vestígios desta ligação com a realeza ainda hoje existem no relógio e no cofre oferecidos pelo monarca, em exposição no interior da casa –, a Padaria do Povo foi fundada para fabricar pão mais barato às freguesias de Santa Isabel e Campolide (Santo Condestável só seria fundada em 1959). Mas também, paralelamente, para albergar um espírito vivo de crítica política e difusão cultural, marca da Cooperativa ao longo destes mais de 100 anos. Hoje os tempos são outros e das lutas clandestinas as suas salas passaram a dar abrigo a actividades mais lúdicas, como a prática de tai chi chuan, exposições e teatro, este dispõe de um palco amovível. São 492 cooperadores e sete elementos na direcção: a adesão é sujeita a apreciação e tem de ser proposta, com um valor de 7,5 euros, mais 50 cêntimos para o cartão. Em 1919, foi fundada, por António Ferreira de Macedo e Bento de Jesus Caraça, a Universidade Popular – começou por ocupar umas salas da Cooperativa A Padaria do Povo. Primeiro foram cedidas e, depois de 1924, passou a ser inquilina da Padaria.

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